sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Várias Variáveis I

Abri a gaveta com a sensação de que eu encontraria algo bom pra comer. Mas não encontrei. A única coisa que eu tenho pra engolir é a verdade. Eu deveria estar escrevendo isso. Abre o Blog, pensa, escreve, pensa, escreve, pensa, escreve, pensa, escreve...

Não consegui uma vaga pro Mestrado da UEM. "Tudo bem, tenta ano que vem", dizem vários. Mas não, não posso perder tempo. Ou melhor, já perdi. Mais um ano parado e tudo por causa da esperança de ter ido embora pra Santa Catarina. O que tem naquele lugar que eu tanto quero? Mulheres, praia, sol, mar... A vida não é pra mim. O clima perfeito não é pra mim. Enquanto isso eu vou passar aqui, trabalhando aqui, respirando o pó velho daqui. E minha alergia vai continuar viva aqui, dentro de mim.
Tudo bem, essas coisas acontecem. A vida continua e a cidade permanece a mesma, enquanto eu vou tentando me adequar. Mas quem é que se adequa a alguma coisa? Adequação é mudança e mais do que nunca me convenço de que pessoas não mudam.

E quanto a ela? Ela ficou. Ficou só. Ficou triste e por isso chorei. Mas a vida aqui segue. A vida aqui, enquanto estou preso nessa redoma segue. E apesar de tudo, segue feliz. Feliz porque tenho mais companhia.
E eles? Eles tão lá, na rua, subindo o morro, atravessando o Inferno Verde. Daqui a pouco vão começar a descer. E o que eu posso fazer? Nada. Minha tarefa é outra. Enquanto eu quero fazer parte da força-tarefa que tá quebrando tudo por lá, minha missão é permanecer aqui, calado. Tenho minhas obrigações aqui também e é claro que eu não poderei deixá-las pra trás.

Fico aqui, enquanto isso, aguardando uma ligação. "Onde é que vc tá, parceiro? Tá na Penha, tá no Largo? Tá no morro?" "Eu sou detetive. A única coisa em que consigo fazer é pensar sobre essa porcaria toda", diria o Inspetor Guedes. Mandei os caras pra morte, pra ver face a face o que é estar numa guerra. Quero saber quando os caras que tavam no meio-oeste europeu vão chegar. E como é que os malditos vão agir? Conversar em búlgaro no meio da favela? Isso vai ser tenso. O bom é saber que a parada toda vai acabar.

Final de semana vai ser livre. Tenho aula, mas, e daí? Aquilo é quase um recanto de paz pra minha alma. Eu fujo do mundo quando to com o pessoal da pós graduação. Discutimos teorias diversas e eu esqueço dessa m**** toda. E depois, algumas horas com ela vão fazer eu ficar bem calminho.

Eu hoje tive um sonho. Eu peguei você, seu safado. E vou pegar cada vez que você tentar alguma coisa contra mim ou contra minha família, meus amigos. Você já era. Sabe bem disso. E sabe que quando eu te pego as coisas não ficam bem pro seu lado. Eu vou quebrar cada um de seus ossos.


Final de semana vai ser bom. Pais viajando em segurança, em paz, a caminho da Capital. Amigos, voltem logo. Que esta operação seja a prova de que vocês são os melhores. E quanto a nós, que permanecemos aqui, vamos vivendo, poque nenhum entendimento será o bastante para a vida. "Viver ultrapassa qualquer entendimento".


Da minha morte, à vocês!

Com amor, O, C, B e K.

sábado, 13 de novembro de 2010

São eles

Sim, são eles.
Eles que me acompanham em boa parte do tempo na minha vida. Estes meninos e meninas são os responsáveis pela felicidade dos meus últimos dias. Dias, não. Meses. Desde que nós todos nos engajamos nessa corrida contra o tempo, buscando sempre que possível estarmos unidos na casa de alguém ou em algum evento religioso ou cultural, eu tenho sido feliz de maneira inexplicável. E eu espero com minha mais profunda sinceridade que eles estejam se sentindo tão bem quanto eu.
É simplesmente inexplicável a união de nosso grupo, cada qual com sua característica, sua verdade mostrada a todos, sua idade sem preconceitos ou restrições, o mesmo respeito de um para com o outro, independente da situação, todos com gostos e atitudes semelhantes, mas cada um com seus detalhes que, de tão específicos, torna nosso grupo uno, como um todo, mas ao mesmo tempo como vários, cada um sendo o seu próprio grupo, com as conexões desejadas.

Rafael, amigo que ouve as bandas mais cabulosas do Heavy Metal. Diverte com as histórias de anime e com as idéias mais estranhas (não piores que as minhas, claro) mas que também tem um raciocínio fantástico, consegue pensar logicamente e buscar resultados que estão implícitos nas discussões.

Gabriella, atriz espetacular, garotinha linda que nos encanta com seu sorriso. Mesmo quietinha, talvez, de nós, a que menos fale, sempre deixa um espaço em branco quando ausente.

Beatriz, nossa xodó, a mais nova da turma encanta com seus olhos azuis e com a espontaneidade de seus atos. Em brincadeiras, contorcionismos, dançando rebolation ou em tentativas falhas de me assustar. Uma de nossas dançarinas favoritas <3

Gabrielli, a outra dançarina, é a mais zen. A que tem sempre um sorriso nos lábios, mesmo quando não está com vontade de rir. A que vê gnomos e sempre contagia com suas gargalhadas. Amiga daquelas companheiras, que mesmo quando não está conosco é uma presença certa em nossas vidas.

Luiza, a menina dos olhos coloridos. Quase uma Branca de Neve (ela é mais bonita que a Branca de Neve), sempre tem uma palavra de consolo, um abraço gostoso e dá risada da minha cara quando faço minhas confusões.

João Marcelo, o mais quieto, certamente. Porém, é o cara que toca trechos da 5ª Sinfonia de Beethoven brincando, que aprende a tocar violão sem fazer aula de nada e que inspira a fazer arranjos bonitos nas nossas apresentações. Mesmo não gostando de cantar.

Yuri, quase um irmão. Companheiro que me integrou ao V.I.S.H., que me faz relembrar da parte boa da adolescência, coisa que eu jamais desejei perder em mim, mas que aos poucos vai ficando "nas entrelinhas" de minha agenda diária, sempre lotada. Obrigado, meu amigo!

Barbara, uma das meninas mais lindas que já conheci. Ginasta, modelo e pizzaiola favorita. Dona daquele sorriso, daquele olhar. Simplesmente encantadora! Sem falar que é uma das pessoas que mais tem me alegrado nos últimos dias. Confesso ser um admirador não-secreto ;)


Baah, Rafael, Gaabi', Gabi, Bia, Luh, Dih, Jão, Yuri. =)


















Sim, ficou super enorme o post, mas por vocês, de verdade, seria pouco um post pra cada um. Posso dizer que este é o melhor grupo no qual já estive inserido. A única turma 100% saudável, unida em um único ideal, buscando sempre a diversão entre todos, sem brigas, sem discussões. Apenas risos e brincadeiras. Com as brincadeiras dos mais novos ou os jogos e esportes radicais dos mais velhos, estamos sempre bem.

Pra encerrar, segue essa música, dos amigos Digão, Paulão, Tião e Obada, da Banda Galápago's, que é uma verdadeira declaração de amor aos nossos velhos amigos...



Velhos Amigos

Pela estrada afora sigo meu caminho
Mas sem o teu sorriso fica tão vazio
As folhas que o vento traz e leva sem destino
Me lembram certos dias de intenso frio
Sem abrigo não há vida que o tempo poupe
Toda força é em vão, o chão se rompe

Com você, eu, enfim, vejo o mundo sob mim
Quando eu preciso você está aqui
Com seu abraço amigo a vida segue
Nos quadros as fotos me lembram o passado
E afloram a saudade viva em mim

Da loucura de um tempo bom
As histórias pra se contar sobre velhos amigos

Na soma de palavras criam-se versos
E juntos ao meu violão formam uma canção de acordes simples
Voz suave dizendo ser: AMIGO - a incomplexidade do viver
E saber viver é saber reconhecer
O quanto importante é não sonhar à sós
Que não existe o eu - existe o NÓS!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Luz dos Olhos Teus

Alguns até podem achar sacanagem me inspirar em um nome de perfume (De O Boticário) mas não há algo que possa servir de melhor comparação.
Outros podem acreditar que eu estou com algum transtorno psicológico por postar um texto tão bel ao som de Metallica.
Mas, convenhamos: o que vale é a alma do projeto; a inspiração da obra; o recheio da Trakinas ;)

Cheeega de lero lero e vamos ao texto, que foi, inclusive, escrito em homenagem a uma garota que conheci recentemente, semanas após terminar a crônica. Vamos a ela:



Luz dos Olhos Teus

Pela primeira vez uma crônica começa com um título criado antes do texto. Dessa vez, digo, é por um motivo especial. Foi num sábado, mas não apenas neste último sábado. De outros anteriores eu já vivenciara esta situação. Nunca antes, no entanto, de maneira tão intensa. Meus olhos em brasa já haviam percorrido a pele clara, os cabelos em ondas suaves, as curvas perfeitas e até experimentado o tom róseo dos lábios e o suave dos olhos. Ah, aqueles olhos. De quem seriam os misteriosos olhos que encontraram os meus naqueles poucos segundos no corredor da faculdade, que me desorientaram por tantas horas mais até que eu pudesse me concentrar em alguma coisa que não fosse... aqueles olhos!

E agora, enquanto escrevo, em meu peito o ritmo volta a acelerar, lembrando dos olhos, dos lábios perfeitos, do rosto sereno. E o nome? Qual o nome de tão formosa senhorita que aparece de tempos em tempos diante da porta da sala de aula onde permaneço nos sábados? Eu não faço idéia. Nem nome, nem sobrenome. Pode ser qualquer um. E eu, em minha ignorância, chamo "vizinha" a moça da turma ao lado da minha. Ignorância inocente. Inocência ignorante. A curiosidade agora me instiga, justamente com o desejo, a querer saber mais. Quem é? O que faz? Por que me olhava daquela forma? O que espera de mim?

Que seja! Porque, como diria Djavan, te devoro. Te devoraria a qualquer preço....

pausa para viver

Tudo aconteceu há três dias. Em 72 horas conheci várias pessoas, fiz muitas coisas. Corri, cantei, toquei, joguei voley e futebol. Andei de skate, trabalhei... Nem mesmo o sono, depois de tudo isso, foi capaz de resolver. Não esqueço aquelas linhas em harmonia, daquele olhar que acertou em cheio seu único alvo. E eu nada pude fazer. Como um predador que nunca antes conhecera algo mais forte, agora me recolho em meus pensamentos. Não como fuga, mas sim como preparo. Tento me familiarizar com todos aqueles detalhes para que possa, quando chegada a hora, falar a coisa certa, da maneira certa, com o sorriso certo. Apenas dizer o que sinto a cada encontro com aqueles olhos.

Quem é você? De onde vem? O que faz aqui diante de meus olhos soturnos, que na escuridão de meus dias agora visualizam não mais que dois pontos luminosos, não no alto, junto às estrelas, mas pairando no horizonte, sobre as cinzas do mundo, num tom angelical, de fundo satânico, como o amor e a perdição, o pecado ao lado do paraíso, de luz e de trevas, entre um sonho e um pesadelo. na dúvida de quem é você e na certeza de que são a luz dos olhos teus...


Ahh, eu adorei ^^ Ficou bonito, não ficou? Ahuaehuh [modestia mode = OFF]
Próximo post, aguardem. Talvez seja uma outra crônica, ainda mais recente, mas não se assustem, pois estas são a porta de entrada para as demais. Logo veremos as mais antigas também, assim como outras novas.


Beijos a todos que me visitam.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Trocando em miúdos

É engraçado com as vezes a gente se "apaixona" por algumas pessoas, o que, a princípio, é algo inimaginável. Por exemplo, uma garota que eu vejo volta e meia. Ela é simplesmente fascinante. Nada demais, se comparando a outras (inclusive mais velhas) que se vê por aí. Mas ela, em especial, chama muito a atenção.

Homem é uma coisa séria, não é mesmo? As vezes me questiono sobre os meus sentimentos e acabo definindo-os muito bem, mas sempre há uma graaande complicação na parte de "como" você sente, o que é bem diferente de "o que" você sente.

Ahh. Vamos parar com os devaneios, pq isso é coisa pra Liih_Amoriim. AHEuhaeuhaeuhae.

Continuando (inevitável), no Formspring me perguntaram o seguinte: "vc tá com alguém?"
Como assim, eu estou com alguém? Em que sentido? Se há alguém especial na minha vida? Sim! Todos os meus amigos! Se há alguém que eu ame muito? De certo! pais, amigos, primos, irmãos... E se há uma mulher que me desperte um sentimento diferenciado, sim. Também há. Mas não iria responder tudo isso, então cito esta música, do Engenheiros do Hawaii, gravada no disco Minuano (1997):

Humano Demais

De tudo que é humano nada me é estranho
Se o mar não tá pra peixe desse tamanho
Eu não esquento, eu não me iludo
Eu troco em miúdos o primeiro toque
!E nada pode ser maior! ...

De tudo que é humano nada me é estranho
Fruto e semente... Criatura e criador
As curvas da estrada... As pedras no caminho
Os filmes de guerra e as canções de amor
!Nada pode ser maior! ...

De tudo que acontece nada me surpreende
Tudo me parece !tão normal!
Um big mac... Maktub...
Drops de Deus... Filosofia fast-food
!Nada pode ser maior!
Não é ciência exata, não acontece em tempo real
É demais! Humano demais!
Não é ciência exata, não acontece em tempo real
É demais! Animal!
Agora somos só nós dois: eu e minha circunstância
Sempre foi só nós dois: eu e minha circunstância
Sempre só nós dois: eu e eu e eu e eu e eu...
Não é ciência exata, não acontece em tempo real
É demais! Humano demais!
Não é ciência exata, não acontece em tempo real
É demais! Animal!

...não é ciência exata...
...não é ciência exata...
...não é...nada pode ser...
Maior!

Poxa, essa música que diz tanto em tão pouco, que diz tudo e ao mesmo tempo nada, só nos faz refletir e chegar às mais diversificadas e misteriosas conclusões.
Eu, por exemplo, poderia muito bem estar ao lado de alguém em especial, mas, como dito, estamos juntos apenas eu e minha circunstância.


Seguindo nas curvas do caminho, quem pode, sabe onde me encontrar. Quem não encontra é por pura falta de vontade.


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(44)9803-5678


Pronto. Não tem mais desculpa, né?


Beijos a todos!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Hoje eu acordei...

Olá, queridos amigos! Iniciando hoje uma sessão "Hoje eu acordei...", na qual tentarei escrever sobre meu dia. Não todos os dias, obviamente, mas alguns, escolhidos aleatoriamente, como o dia de hoje, por exemplo.

Hoje, várias pessoas optaram por acordar Hard. Eu não. Eu optei por acordar Light. Acordei as 5h. Não, não sou daqueles geeks ou maníacos que acreditam que acordar esse horário faz eles serem pessoas melhores ou mais inteligentes. Acordei esse horário pelo fato de que precisei levar meu pai até o serviço dele, pra que pudesse sair de viagem o mais cedo o possível. Depois, voltei pra minha caminha. Demorei pra dormir, pensamentos a mil.

Eu tive um sonho. Eu sonhava que admirava uma amiga cantando, numa pequena apresentação, em uma pizzaria, enquanto vários amigos a prestigiavam. Junto comigo estava a Camy, amiga tão tão especial e sua mãe. Eu não conheço a mãe dela pessoalmente, talvez nem por foto, ou talvez eu conheça e realmente não lembre do rosto dela, mas a moça do meu sonho era tão linda quanto a Camy e eu estava realmente feliz por estar com elas.

Isso me fez acordar bem, embora as 9h eu já estivesse me sentindo um tanto mais velho. Acordar cedo sempre traz esse efeito de "o tempo passou". As horas se demoraram ao longo do dia. E hoje, após quase uma semana, eu consegui comer bem. Ainda não tirei os pontos que ficaram no lugar dos dois dentes extraídos na tarde de sexta. Entre essas várias variáveis posso dizer que, no fim das contas, não foi um dia muito produtivo. Fiz, sim, muita coisa boa, mas não me senti saciado. O que faltou? Não sei.
Talvez nessa nova "descoberta" do meu dia-a-dia eu descubra e logo possa esclarecer as idéias ^^

E por hoje é só. Assim que possível postaremos mais.

ÓTIMA SEXTA FEIRA A TODOS!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

50 perguntas para fazer pensar

Estou prestes a fazer a maior besteira da minha vida e vou partilhar isso com vocês. Hahá!. Não, brincadeira. É que responder a um questionário com 50 perguntas que exigem respostas subjetivas é, sem dúvida, algo insano. Mas, vamos lá.


O interessante é que são perguntas que servem pra todos. Dá até vontade de colocar no Formspring. Inclusive, acessem clicando aqui: /dihwolff.

Então, vamos lá. Se não conseguir responder todas, por favor, sejam compreensivos. =D

1. Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos você tem?
622 anos.

2. O que é pior: errar ou nunca tentar?
Sem dúvidas, nunca tentar.

3. Se a vida é curta, porque fazemos muitas coisas que não gostamos e gostamos de muitas coisas que não fazemos?
Há coisas que gostamos que estão fora de nosso alcance e vice versa. Levamos uma vida tão superficial e agitada que não nos damos conta das oportunidades que o mundo oferece pra fazer as coisas boas ou de que gostamos.

4. Quando tudo foi dito e feito, você disse mais do que fez?
Algumas vezes. Quem nunca disse mais do que fez?

5. Qual é a coisa que você mais gostaria de mudar no mundo?
Gostaria que as pessoas fossem mais conectadas entre si pra perceber a harmonia que há no mundo. Certamente se isso acontecesse haveria mais paz.

6. Se felicidade fosse a moeda nacional, que tipo de trabalho o tornaria rico?
Biologia Marinha e conservação de biomas litorâneos ou qualquer esporte radical.

7. Você está fazendo o que você acredita ou você está regularizando o que você está fazendo?
Ambos. Sempre tem alguma coisa pra cada um dos lados.

8. Se a média de vida humana fosse de 40 anos, como você viveria sua vida?
Creio que da mesma maneira.

9. Até que nível você acredita que controlou o curso que sua vida tomou?
Minha vida só não saiu do curso em que estava. Então o que já existia estava sob controle e assim continua. Porém os planos eram de algo mudasse. Isso tá sendo complicado de aceitar, mas to indo tranquilo.Alguns deslizes apenas.

10. Você está preocupado em fazer as coisas corretamente ou fazer as coisas certas?
Estou preocupado em fazer o que me agrada e fazer aquilo que condiz com os ensinamentos cristãos, esta a parte mais difícil até agora.

11. Você está almoçando com três pessoas que respeita e admira. Eles começam a criticar um amigo próximo, sem saber que você é amigo dele. O criticismo é estranho e injustificável. O que você faz?
Procuro falar sobre os aspectos positivos. Se não conseguir mudar o ponto de vista deles, o que não é a intenção, fica por isso mesmo. O meu conceito eu mesmo faço de acordo com o que vejo e ouço. Se precisar de especial atenção de minha parte, farei o que estiver ao meu alcance pra ajudar.

12. Se você pudesse dar um conselho para uma criança que acabou de nascer, qual seria?
Siga o Cristo e raciocine sobre o que te faz bem.

13. Você quebraria uma lei para salvar uma pessoa que ama?
Quebraria a Lei caso fosse necessário para salvar qualquer ser vvo que estivesse injustamente correndo risco de vida.

14. Você já viu insanidade onde depois você viu criatividade?
Me observando vejo isso algumas tantas vezes :P

15. O que é aquela coisa que você sabe que faz diferente da maioria das pessoas?
Uso a imaginação. Com certeza ninguém viaja da mesma forma que eu.

16. Quais são as coisas que te fazem feliz, mas não fazem todo mundo feliz?
Ah, tantas. O Rock, goticismo, biologia, litoral...

17. Qual é a coisa que você ainda não fez e que gostaria de fazer? O que te impede?
Ir pro Mediterrâneo. Falta patrocínio.

18. Você está se segurando em alguma coisa que você precisa se desfazer?
Dinheiro conta?

19. Se você tivesse que se mudar para um estado ou país além daquele que você mora, para onde você iria e por quê?
Provavelmente, se não houvessem restrições, pra Alemanha ou Dinamarca. Pela cultura dos povos, que me atrai muito.

20. Você aperta o botão do elevador mais de uma vez? Você realmente acredita que ele fica mais rápido?
Não aperto e acredito que quem aperta mais de uma vez vai morrer mais rápido. Lembra do lance da harmonia no Universo? Essas pessoas agem contra isso...

21. Você prefere ser um gênio preocupado ou um simples pateta?
Pela sabedoria dos gênios eles não devem ser pessoas preocupadas.

22. Porque você é você?
Porque eu não vejo outra forma de se viver que seja melhor que a forma como eu vivo.

23. Você é o tipo de amigo que você quer como amigo?
Sim.

24. O que é pior, quando um grande amigo se muda, ou perde contato com um grande amigo que mora bem perto de você?
Quando um grande amigo se muda, pois aquele que está próximo ainda deixa a oportunidade de retomar o contato.

25. Pelo que você é mais grato?
Pelo perdão que recebi de amigos quando errei.

26. Você prefere perder todas suas velhas memórias ou nunca ser capaz de ter novas?
Prefiro perder todas as velhas, acho. Eu vivi tão pouco pra dizer que o que já passou é o melhor que poderei ter em minha vida...

27. É possível saber a verdade sem desafiá-la primeiro?
Acredito que não. Quando você tem um fato, você o analisa e o testa pra saber de sua veracidade. Em se confirmando, tem-se uma nova teoria. É a ciência.

28. O seu pior medo se tornou realidade?
Não. E acredito que não vai se tornar.

29. Você se lembra aquela vez que você ficou extremamente chateado há 5 anos atrás? Isso realmente importa agora?
Não, pois eu soube trabalhar e fazer aquilo tornar-se aprendizado para experiências futuras.

30. Qual é a lembrança mais feliz da sua infância? O que a torna tão especial?
De verdade, as lembranças sobre a infância são cobertas como que por um véu; não consigo vê-las com nitidez e não posso, assim, definir uma que seja melhor que as outras.


31. Em qual fase no seu passado recente você se sentiu mais apaixonado e vivo?
Final de Janeiro de 2010. Época da formatura, fatos importantes aconteceram. =)

32. Se não agora, quando?
Quando você quiser ;)

33. Se você não alcançou aquilo que procura ainda, o que você tem a perder?
Por enquanto nada. Pouca coisa se perde quando ainda somos jovens.

34. Você já esteve com alguém, não disse nada, e saiu sentindo que teve a melhor conversa da vida?
Certamente, umas tantas vezes ^^. Muito bom.

35. Porque religiões que apóiam o amor causam tantas guerras?
Porque estas religiões apóiam o amor próprio e não o amor ao próximo.

36. É possível saber, sem dúvidas, o que é bom e o que é mal?
O Bom Senso deve dizer quem é quem. "Fazei aquilo que gostaríeis que vos fizessem".

37. Se você ganhasse um milhão de dólares, você pediria demissão?
Não por enquanto. Tenho planos bem definidos pra isso ^^

38. Você prefere ter menos trabalho para fazer, ou mais trabalho sobre o que gosta de fazer?
Mais trabalho sobre Ciências Biológicas, Física Quântica ou pesquisa científica.

39. Você já sentiu que viveu um dia 100 vezes antes?
Déjà vu? Soooo many times ^^

40. Quando foi a última vez que você andou na escuridão com apenas uma pequena faísca que você realmente acreditava?
2006. Mas isso já ficou para trás.

41. Se você soubesse que todo mundo que você conhece fosse morrer amanhã, quem você visitaria hoje?
Isa e Wilian, em Maringá; Erilva em VDC, Bahia.

42. Você diminuiria sua expectativa de vida em 10 anos para de tornar alguém famoso?
Não. Quem quer ser famoso deve conquistar isso com seu próprio esforço. Não morreria por um motivo banal.

43. Qual é a diferença entre estar vivo e realmente viver?
Estar vivo é cumprir com suas funções programáticas biológicas. Viver é cumprir com aquilo que corresponde ao Espírito.

44. Quando é a hora de parar de calcular risco e recompensas, e simplesmente seguir em frente e fazer o que acredita ser correto?
Quando cálculos e números não fazem sentido.

45. Se nós aprendemos com nossos erros, porque estamos sempre com medo de cometer um erro?
Porque erros fogem do planejado e o que é desconhecido provoca medo no Homem.

46. O que você faria de diferente se soubesse que ninguém iria te julgar?
Não ligo muito para o que as pessoas dizem, mas usaria umas roupas diferentes e faria umas tattoos.

47. Quando foi a última vez que você percebeu o som da sua respiração?
Ah geralmente faço isso. Fossas nasais estreitas, inevitável o barulho do ar ventilando o crânio.

48. O que você ama? Alguma de suas ações recentes abertamente expressou esse amor?
Amo a música. Voltei pro coral da Soc. Espírita Meimei, ouvi vários estilos musicais em alto e bom som e, quanto ao Rock, escrevi no Orkut e MSN a frase dos Mutantes no País dos Baurets: "Posso perder minha mulher, minha mãe, desde que eu tenha o meu Rock N' Roll."

49. Daqui há 5 anos, você irá se lembrar do que você fez ontem? E um dia antes? E outro dia antes?
Provavelmente apenas quando olhar históricos do Orkut, Twitter, Blog, Formspring...

50. Decisões estão sendo feitas agora. A questão é: Você está fazendo-as por si mesmo, ou está deixando que outros as façam por você?
Eu estou fazendo as decisões que eu sei que estão ao meu alcance. Aquilo que não depende de mim fica pra quem pode. Porém, não esqueço daquilo de que eu dependo. ;) 

Bem, acho que é isso. Se alguém tiver mais perguntas ou espera mais respostas, podem usar o Formspring (/dihwolff) ou deixar aqui nos comentários mesmo. Não importa se repetir as perguntas. Elas serão repensadas várias e várias vezes ^^
Lembrando que estas são MINHAS RESPOSTAS. Agora, me digam, quais sãso as suas respostas?

Um beijo, um queijo e uma barra de chocolate à sua escolha pra terminar bem a semana!.

Fiquem com Deus!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Maria Louca x Rubinho

Imaginem uma Festa Nacional, realizada em um município considerado modelo por diversos setores, como Pólo Alimentício, da Pecuária, Agricultura e Violência, entre outros. Milhares de pessoas estão esperando o almoço de domingo, quando será servido o prato típico e exótico da cidade: o Carneiro no Buraco. Vários políticos, nessas épocas de eleição se aproveitam para encontrar seus eleitores, além de saborear a iguaria municipal. Entre eles, Maria Louca e Rubinho Roberto Requião, ex-governador e candidato à vaga paranaense no senado pelo PMDB e Rubens Bueno, ex-prefeito e presidente estadual do PPS no Paraná. O fato é que gente rica marca sempre pra vir de avião e, inevitavelmente, no saguão infinito do Aeroporto Internacional Municipal de Campo Mourão, os encontros acontecem. Foi aí que começou a parte divertida da história...

De acordo com o jornal Expresso MT, de Sinop, MT, o ocorido foi o seguinte:

Requião desembarcava no aeroporto para participar da tradicional festa, que completa 20 anos, perto de 11h, no último domingo (04/07/10). No mesmo instante, Rubens Bueno aguardava a chegada de Beto Bicha Richa, candidato tucano ao governo e adversário político de Requião. De acordo com Rubens Bueno, Requião chegou insultando o grupo que esperava Beto Richa.

- Quando eu era governador vinham prefeitos e puxa-sacos me esperar, agora só essa turma de bostas por aqui.  - concordo

Após as ofensas, Requião tentou cumprimentar Rubens Bueno, chamando-o de safadinhofilho da puta’.

- Eu não podia ficar calado e dei um murro nele. Eu lamento o que aconteceu, mas o Requião não tem limites. Ele faz política desta forma, insultado as pessoas. Eu não gostaria mentira que isso tivesse acontecido e quem me conhece sabe que é preciso muito para me tirar do sério. Mas o Requião conseguiu.

Requião usou a rede de microblogs Twitter para comentar o incidente. O ex-governador não fala que teria levado um soco, diz que foi insultado e que Rubens Bueno é que teria levado "uns petelecos" de seus assessores. Em video publicado na internet, Requião deu a sua versão sobre o acontecido.

"Estendi a mão a ele e não me deu a mão, me insultou e de repente como uma gata no cio tentou me arranhar. Com facilidade, afastei o pequeno rapaz rilitros. Mas ele, histérico, insistiu e levou uns petelecos do pessoal que estava em volta, amigos deles e alguns motoristas que foram me buscar. É uma coisa horrível a falta de educação e a histeria. Eu me senti desrespeitado. Daria uma surra no pequeno menino com facilidade, mas não é isso que se espera de alguém que quer ser Senador da República pelo estado do Paraná. Pelos outos Estados pode, então? Me comportei com decência, mas o Rubinho perdeu a linha”.

Roberto Requião, que já foi governador do Paraná por três mandatos, deputado estadual, senador e prefeito de Curitiba tem um histórico de desavenças políticas e trocas públicas de ofensas. Com razão O temperamento do ex-governador já lhe rendeu o apelido de "Maria Louca". Por suas medidas autoritárias também já foi chamado de "Chávez do Paraná".

No youtube, há perto de uma dezena de vídeos com brigas entre o governador e manifestantes, assessores e com a imprensa. Em um dos vídeos mais acessados, de 2006, Requião discute com um sindicalista agente penitenciário que pede aumento para categoria enquanto dá autógrafos para crianças em uma escola:

- Vão trabalhar senão é polícia e cacete. Meu saco já encheu com agentes penitenciários. Experimente fazer uma paralisação. É rua e pau. Cacete e cadeia!



Então eu me pergunto: O que leva dois de meus três políticos preferidos fazerem isso?
E o pior e mais grave: Não tinha ninguém naquele maldito aeroporto que no momento estivesse com uma maldita câmera na mão pra filmar o incidente???
No mínimo é o que se esperava quando o mais badalado e funny governador do Estado está chegando em uma cidade interiorana de renome, como é Campo Mourão, Pólo Nacional de Violência Alimentício, em época de eleição. Poxa, ele é candidato ao Senado!!! E o Beto Richa, então, prefeito da Capital, recebido pelo presidente do Clube do Bolinha PPS, também não merece uma recepção calorosa? Não.

Enfim, fica comprovado que Campo Mourão está surpreendendo nos índices de violência e também que não é apenas a batalha entre gângsters, traficantes, assaltantes, trombadinhas e moleques, mas o contágio é real e até os políticos estão caindo na malha fina.
Hehe.

Ah, a Seleção Brasileira foi desclassificada pela Holanda. Sim, o jogo foi estranho. Mas isso é papo pra outra hora ;)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

X-Burg

Olha só um final de semana que foi muito bom em Engenheiro Beltrão, no aniversário do Fabrício.
Piazada muuito louca, alguns carros girando no campinho com a grama molhada pelo sereno da noite, muita música, animação, algumas garotas bonitas, sem briga, sem drogas... Quem queria beber, bebeu; quem não queria, não bebeu e ficou tudo bem assim mesmo. =)
Há tempos não pegava uma festa assim, boa mesmo só com a turminha da UTFPR, 3º ano de 2005. A Aline foi junto pra ajudar a melhorar o ambiente festivo ^^

Na foto dos casais, Fabrício e Mayara, Dih e Aline e Edilson e Jéssica.
Não vou comentar que nós começamos a festa as 21h do sábado (eu, Lih, Edilson e Jéssica chegamos um pouco mais tarde) e acabamos ontem, às 18h. Deixa baixo.

Terminando o embromation, quero dizer que foi extremamente bom ter passado essas horas com aquele pessoal. Cada um se divertiu do seu jeito, sem exageros, no melhor estilo "juventude". Hehe.

O título eu escolhi porque na escapadinha que demos (eu, Liiih, Edilson e Jeh) fomos numa lanchonete (que obviamente não vou citar o nome) tinha um anúncio de um delicioso X-Burg (X-burguer é pros fracos, como diria a aLiiine). Enfim, é só graça. Piada de fim de tarde mesmo. Depois coloco a foto pra vocês verem.

Quero mandar um beijo especial pra Laura, amiga nova (ou não) que ultimamente tem feito parte do hall de pessoas com quem falo frequentemente. Super beijo, querida!

Pra encerrar, vai a música do Pouca Vogal "Girassóis", que eu passei cantando das 6h as 8h da manhã do domingo. Foi bom hem ;)


Girassóis ( especiamente pra Aline e pra Laura)


Nunca olhei pros lados
Pra não perder a direção
Nem senti meus passos
Na marcha cega encontro uma razão

Talvez perca o emprego
Talvez a sua resposta seja não
Quero dar um jeito
De conseguir pagar a prestação

De passear na grama do parcão
De respirar, deitar ao sol que brilha


Deixo o sol bater na cara
Esqueço tudo que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto
Que aí o desgosto se vai

Deixo o sol bater na cara
Esqueço tudo que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto
Que aí o desgosto...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Fatos e Mitos da Cultura Obscura e Goticismo

Nos últimos tempos, a subcultura gótica e a cultura obscura ganharam destaque na sociedade através da grande quantidade de informações transmitidas por diversos canais, principalmente a Internet. Este fato criou uma densa camada de mitos e confusões que envolvem os góticos e os obscuros.
Não há um estatuto que defina a personalidade de um adepto da Cultura Obscura. Não há mandamentos a serem seguidos. Há apenas, um conjunto de características. Embora nem sempre, seja comum a todos os adeptos.
O objetivo deste texto é um esclarecimento definitivo em relação à Cultura Obscura, de modo a dissociá-la da subcultura gótica. É necessário expor a face da Cultura Obscura real que abriga sólidas manifestações artísticas e sociais, e não é movida pelos modismos fúteis e consumistas de nossa sociedade. Assim, façamos alguns esclarecimentos:

Os adeptos da Cultura Obscura possuem uma percepção artística diferenciada. Isto lhes permite contemplar situações pouco comuns para as outras pessoas.

Esta percepção é natural à sua personalidade e é desenvolvida, muitas vezes inconscientemente, ao longo de sua vida. Num determinado momento, descobre-se a Cultura Obscura e ocorre uma identificação imediata. 

Freqüentam cemitérios para ler, ouvir música ou apenas refletir sobre a própria existência, aproveitando o aspecto de paz e tranqüilidade e a arte das esculturas tumulares, por exemplo. É falso o conceito de que vão ao cemitério para roubar, destruir ou praticar rituais.

Possuem uma personalidade introspectiva. Não são depressivos, pessimistas ou agressivos.

Tristeza e melancolia não são sentimentos negativos. São apenas estados de espírito dos quais, muitas vezes, são fontes de inspiração.

São pessoas que valorizam a arte e a intelectualidade. Muitos, por exemplo, estudam e pesquisam sobre História, Literatura, Cinema, Música, Sociologia etc.

Na Cultura Obscura, não há uma religião específica a ser seguida. Geralmente, se interessam por temas ocultistas, mas podem ser Católicos, Evangélicos, Neopagãos etc. Podem seguir uma crença pessoal ou até mesmo serem Ateus. É falso o conceito de que todos são satanistas ou anticristão.

Não há uma ideologia política específica. Aliás, é raro encontrar alguma citação política entre os adeptos. Normalmente só há o conceito de contra-movimento social.

Não se vestem exclusivamente com roupas pretas e nem todos usam maquiagem e acessórios metálicos.

A música produzida na subcultura gótica, principalmente no período da década de 80, é um dos estilos cultivados. Mas outros estilos como o Metal, Clássico e Ethereal, também são muito consumidos.

Não há rivalidade com nenhum outro grupo social.

Os adeptos da Cultura Obscura são pessoas sociáveis e aceitam as individualidades de forma natural. Independentemente de seus valores, crenças, etnia, situação econômica ou orientação sexual. Assim, encontra-se de todas as etnias: brancos, negros, pardos etc. É falso o conceito de que são todos brancos ou pálidos.

São socialmente e economicamente tão produtivos quanto qualquer outra pessoa.



quinta-feira, 22 de abril de 2010

Voar, voar...

Eu hoje sonhei que estava voando. Sim, dentre vários sonhos desconexos (ou não) que tive, o principal, último e mais agradável era isso: estava com alguns amigos, em um local reservado, algo como uma chácara, próximo (bem próximo, do tipo "cruze o asfalto") a uma cidade, em que várias pessoas se encontravam para comemorar o final de semana. Quase uma AABB.

O fato é que um garotinho, devia ter uns 10 anos, me guiou por entre aquelas pessoas, passamos ao lado do restaurante, sobre a pequena ponte, atravessando o lago que circundava as construções em madeira, de característica rústica, porém, aconchegante.
Ao chegarmos do outro lado ele me disse:
- Agora pule, posicione-se na horizontal e faça assim com as mãos - movimentando-as em ondas deslizantes no ar. Acompanhei-o, imitando o movimento. Ele abriu um sorriso e me incentivou, como se estivesse abrindo caminho para mim.
Dei alguns passos acelerados e me atirei contra o vento, indo de barriga em direção ao chão. Porém, antes que o tocasse, senti-me flutuando, como se estivesse dentro do lago que nos sondava em misterioso silêncio a poucos metros dali.
Movimentei as mãos em ondas, como se estivesse mergulhando, imitando o movimento de um golfinho, o que me fez deslizar livremente. E eu fazia os movimentos cada vez mais rápidos, com mais facilidade, até pegar velocidade e me direcionar para a pequena mata ao redor da propriedade em que estávamos. Foi maravilhoso. Depois, ainda, voltei voando em direção àqueles primeiros que estavam no local, nas churrasqueiras, perto da entrada, que nos viram chegando uns poucos minutos atrás. De repente, foi como se algo me estivesse puxando em direção ao chão. Não conseguia mais me manter flutuando. "Está na hora", pensei. Então, tudo se desmanchou, toda aquela cena se desfez, com a sirene disparada, em meu celular, despertei, novamente em meu quarto.

Interessante porque há alguns meses eu me questionava sobre o impulso de "liberdade" que as crianças apresentam. A maior parte delas demonstra algo como que um impulso natural para o vôo e para a velocidade.
Observando um garotinho brincando com carrinhos, de flexão ou não, observamos que há a intenção de movimentar o objeto com velocidade potencial. Quer dizem, em vez de atirar o brinquedo pelos cantos da casa, ele o movimenta lentamente, mas em sua imaginação a corrida se faz a mais de 80 Km/h. Uma garotinha no banco, outro dia, brincava com sua pelúcia, fazendo-a flutuar levemente, como se um porco espinho fosse dotado de um dispositivo como um jetpack, indo para cima e para baixo, sem limites, ignorando totalmente a força da gravidade.
Sabe-se, pelo estudo da Doutrina Espírita, da capacidade da alma de deslocar-se livremente pelo espaço. Seria então, durante a infância principalmente, a exteriorização da "impressão" (enquanto lembrança) dessa capacidade? Obviamente, almas menos evoluídas não tem tanta liberdade, mas possivelmente perceberam isso de outros espíritos ou carregam consigo o sentimento inato da capacidade que possuem, mesmo sem saber como é e como funciona.

Enfim, doce liberdade que preenche ossos momentos de "cérebro vazio". Nos dias de nossas vidas sobram os sonhos e as vontades, faltam algumas capacidades.
Pra encerrar o post, fica uma música do blindagem, chamada Gaivota, composta por Alberto Rodriguez, Ivo Rodrigues Jr. e Paulo Teixeira:




GAIVOTA

Sou gaivota por sobre o mar
Meu vôo é volta de qualquer lugar
Desapareço no tempo, no ar
Antes que um olho consiga piscar
Num vôo razante
O que eu vi não dá pra acreditar
Dá pra acreditar?

Minhas penas tremendo
Me levem daqui
Faço parte do vento
Vou me embora correndo...

Se acalme, se acalme...


















(Imagem: "Learning To Fly", by Jessica Gregory, acrilic and oil)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Tempo Não Pára

E então me peguei pensando sobre o tempo. Que é o tempo? Perguntado a Santo Agostinho, ele disse "Quando não me perguntas sobre o tempo, eu sei o que é o tempo. Quando me perguntas sobre o tempo, eu nada sei sobre o tempo." Convenção humana, é fato que a natureza segue em ciclos rumo ao fim do mundo, tal como o conhecemos hoje. Séculos se passam, eventos geológicos e astronômicos se repetem.
Que é isso que diz que a Lua a cada ano afasta-se 5cm da Terra? E esse lance de o Sol estar morrendo, de nossos primeiros planetas serem tragados pela sua força final e de 2012 representar o fim do calendário Maia?O que significa dizer que os pântanos de Everglades estão no final de um período estacionário em sua atividade e que a qualquer momento aquilo tudo (que hoje é o maior vulcão em atividade do mundo, dezenas de vezes maior que os demais) pode explodir, causando um impacto incalculável à natureza terrestre? Como é isso de dizer que nós estamos em um período intermediário a uma e outra era glacial?

De fato, há muitas coisas a se esperar com o tempo. Nós o usamos para garantir uma ação prévia, mesmo que psicológica, de preparo, de socorro, prevenção, algo que nos faça lembrar de quantas coisas nós nos safamos, fazemos ou não, etc.
O nosso cérebro, assim como de outros animais, marca o dia de acordo com a posição do sol, temperatura, direção do vento. Sensações de fome, sono, euforia, mudam de acordo com o período pelo qual passamos.

Ontem, porém, conversei com um senhor, creio eu próximo dos 60 anos de vida, se não mais, que estava a preencher um documento para mim. Ele me fitou durante alguns segundos e então me perguntou: "Em que mês estamos?"
Obviamente ele não estava com problemas de memória. Pensei, então, buscando entender o motivo de não ter-se preocupação com o tempo, com o que ele representa. Afinal, há tantas coisas na vida que nós não fazemos por falta de tempo. Muitas vezes me justifiquei assim. Crime! Para que culpar quem nem mesmo existe? A culpa, porém, torna-se real por comprometer aquilo que deveria ser e não foi. Tudo aquilo que se postou diante de nós e foi renegado por comodismo, por desinteresse, por baixa auto-estima, por orgulho, egoísmo, vingança, autopiedade, indiferença ou qualquer outra podridão que tenha partido de nossas almas impuras.

Portanto, analisemos essa música, de autoria diversa, cantada por Cazuza e Frejat, no querido Barão Vermelho:

O TEMPO NÃO PÁRA


Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr na direcao contraria
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se voce achar que eu to derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros

Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina ta cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára



















É por essas e outras que a vida está como está
E eu hoje, 09 de abril, tenho um motivo pra chorar.
Faleceu ontem à noite Ivo Rodrigues Jr., vocalista da banda curitibana Blindagem, sucesso nacional dos anos 80. Ivo foi considerado o melhor cantor do Sul, em '66, formou a banda em '69 e desde então os carinhas vinham fazendo suas poucas apresentações em Curitiba apenas. Ivo era o tipo de cara brincalhão, piadista e sempre acompanhado de seu violão despertava-me a curiosidade de conhecê-lo. Esperei demais. Meu tempo acabou e agora fica minha estima a essa pessoa e o desejo de encontrá-lo, daqui há alguns anos, melhor do que estava em seus últimos dias aqui em nossas terras frias. Descanse em paz, Ivo!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Um sujeito e sua oração

"Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
Bem vindo ao teatro mágico!
Sintaxe a vontade...

Sem horas e sem dores, respeitável público pagão!
A partir de sempre toda cura pertence a nós.
Toda resposta e dúvida!
Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser.
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.
Nenhum predicado será prejudicado, nem tampouco a vírgula, nem a crase, nem a frase e ponto final! Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas...
E estar entre vírgulas é aposto. E eu aposto o oposto que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples, um sujeito e sua oração. Sua pressa e sua prece.
Que a regência da paz sirva a todos nós... Cegos ou não, que enxerguemos o fato de termos acessórios para nossa oração, separados ou adjuntos, nominais ou não.

Façamos parte do contexto da crônica e de todas as capas de edição especial.
Sejamos também o anúncio da contra-capa! Mas ser a capa e ser contra-capa é a beleza da contradição. É negar a si mesmo. E negar a si mesmo é muitas vezes, encontrar-se com Deus...
Com o teu Deus...



Sem horas e sem dores, que nesse encontro que acontece agora cada um possa se encontrar no outro e que o outro possa se encontrar no um. Até porque tem horas que a gente se pergunta...


POR QUE É QUE NÃO SE JUNTA TUDO NUMA COISA SÓ??




E eu me pergunto como pode a poesia de um único homem influir tanto no mundo, fazer com que tantas pessoas vibrem em um mesmo ideal... Na verdade, minha dúvida não é quanto a isso, mas sim quanto a como as pessoas podem, ao ver uma situação como esta, ao observar a realidade d um homem como Fernando Anitelli, como Humberto Gessinger, como Cazuza, Renato, Raul, Bono e tantos outros que atraem multidões, todos de alguma forma indagando as populações sobre a vida, sobre a verdade, sobre o mundo, podem insistir em continuar negando toda essa influência.
Como alguém pode querer transformar tudo isso em coisas distintas, enquanto é óbvio a proximidade entre todos, entre tudo, a tal ponto que juntar tudo numa coisa só seria praticamente o óbvio por si só... E assim me pergunto, com tantos mensageiros do Cristo em nosso meio, disfarçados de "simples" músicos ou artistas, poetas, escritores, além da palavra do Mestre perpetuada no mundo pela pregação de seus apóstolos daquele tempo, retransmitida ao homem de hoje de tantas maneiras (várias enganadoras e com propósitos degradantes, além das inocentes interpretações das palavras de Jesus por mentes ainda infantis) como podem alguns negarem-lhe a existência, a sabedoria e a pureza?


Da mesma forma que Hitler conduziu multidões, Jesus nos convida a segui-lo. "Vende seus bens, distribua o lucro aos necessitados, vem e segue-me". Obviamente não vamos virar peregrinos em pleno século XXI e viver mendigando por aí. Apenas deveríamos pensar um pouco mais, respeitar um pouco mais, sentir um pouco mais e viver um pouco mais a beleza que é ser cristão.


O que vemos hoje é uma sociedade rancorosa, melindrosa, que ofende e se ofende por qualquer bobagem, que rouba, que mata, que corrompe, que desvia, disfarça, devassa, as mais absurdas falcatruas.


E A PREFEITURA QUE CENSUROU O CQC NO PROGRAMA DA SEGUNDA, QUE VERGONHA! DEFENDENDO A DIRETORA DA ESCOLA MUNICIPAL QUE GANHOU DO PROGRAMA A TV NOVINHA E QUE FOI RASTREADA POR UM GPS, COMPROVANDO SUA PRESENÇA NA CASA DA DIRETORA EM VEZ DE NA ESCOLA! QUE VERGONHA!


Pensar, pensar. Esta a chave para o conhecimento. A reflexão sobre o mundo, sobre a vida, sobre nossos atos, sobre os atos do próximo, não enquanto juízes, mas enquanto aprendizes do que se deve ou não fazer. Seguir a ética é fácil: faça tudo aquilo que desejaríeis que vos fizessem. Jesus, gente! Percebam que eu não estou falando de religião, mas sim sobre RELIGIOSIDADE, coisa que muitos "religiosos" não tem.


Sinto falta daqueles filósofos que falavam todas aquelas coisas bonitas no passado. Mas as vezes me pergunto se eles não seriam todos amontoados como uma coisa só e colocados de lado, tal como foi/está sendo feito com tantos outros...


Beijos a todos!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Feliz Aniversário

Olá, queridinhos!
Vejam só vocês: neste dia 27 estou completando 622 anos! Pois é... É estranho, eu sei, pensar em séculos de uma existência, mas é exatamente assim que me sinto. Não, não é uma crise de 20 anos, em que o jovem começa a se sentir um velho e pensa que vai morrer logo logo. Eu não. Nasci há 622 anos atrás, na velha e fria Londres, em 27 de fevereiro de 1488. Rodei a Europa algumas vezes, viajei até a Ásia, conheci a América do Norte e, antes de vir para o Brasil, fiz uma última visita à minha terra natal. Um passeio com um ar de despedida, como se não mais pretendesse voltar até ela, nem mesmo visitá-la. E fique claro que isso realmente não faz parte dos meus planos futuros.
Enquanto vivendo no Brasil - entenda-se vivendo como sendo diferente de "vivo" propriamente dito - tenho outros planos, para um futuro não muito distante, para uma vida simples mas brilhante ao lado de alguém que me mereça (ou me aguente).

É interessante considerar esses seiscentos anos, em vez de apenas os últimos vinte e dois dos quais me lembro. Intrigante pra uns, idiota pra outros. Mas, para mim, simples e seguro. As músicas, principalmente, além da arquitetura de alguns locais, algumas regiões de florestas, histórias e culturas antigas, são o que me dão a certeza de ter realmente vivido esses 600 anos.

Lembro dos meus primeiros anos, diante da imponente Floresta Negra. O vento frio uivando nas folhas dos pinheiros, o chão forrado pelas folhas mortas, marrons, lobos correndo no início da noite e alguns garotos correndo, caçando, brincando. Velha infância de jogos e pequenos prazeres!
Depois, com as mudanças da velha mãe, tive de partir e por muito tempo passei vagando mundo afora.

Aventuras incontáveis, amizades incomparáveis. A felicidade que se exprime em minha alma é inigualável a qualquer outra sensação, qualquer outro sentimento. Simples e pura; logo, nem sempre consigo alcancá-la, visto as complicações que geralmente criamos, dificultando a visualização de coisas simples da vida.

Junto comigo poucos caminharam, principalmente durante todo esse tempo. Perdi amigos, perdi amores... Mas todos certamente seguem seu ciclo de vida de acordo com o que lhes é destinado, assim como eu, fadado a viver por longos e longos anos, mundo afora, até a chegada de meus dias. Sei que não estão distantes, mas vários anos ainda passarão diante de meus olhos e certamente muitas mudanças acontecerão até que eu repouse meu corpo e o devolva à mãe Natureza.
Enquanto isso, meus olhos viajam na Lua, guia de minhas noites, de meus sonhos. Passo os olhos nas nuvens ralas de dias de vento frio e elas me lembram o mar. Ah, o mar, paixão maior de minha vida. Por séculos permaneci diante dele, para minha alegria constante. Jamais, entretanto, me afastei a ponto de não mais sentir sua presença. Continuarei assim e, em breve, devo voltar e viver meus últimos dias diante desse azul imenso que nos protege.
Hoje comemoro, enfim, meus 622 anos. Mas não comemoro sozinho - ainda há a Meri, a Margareth, a Dalila, que faria aniversário se ainda estivesse conosco (Deus a abençõe, onde quer que esteja!) e a Angela.
Minha irmã adotiva querida, uma amiga inexplicavelmente presente em todos os meus dias, mesmo que passemos dias sem nos falarmos diretamente, seja por MSN ou Orkut ou telefone, sabemos muito bem o que acontece e o que vivemos. Não sei ainda quantos anos ela está comemorando, não me lembro em que momento nos encontramos pela primeira vez, mas que neste novo muitas coisas boas se revelem diante de nossos olhos, que a vida nos mostre seu lado mais belo, que o prazer esteja presente em nossos dias e que a Lua sempre possa guiar nossos passos. Se os seus passarem a ser tão soturnos quanto os meus, então que possamos mais ainda guiarmo-nos diante dos desatinos e desafios que o mundo nos entrega.


"Ando só como um pássaro voando. Ando só como se voasse em bando. Ando só, pois só eu sei andar sem saber até quando..."

Para encerrar, frase de autoria desconhecida, mas utilizada pelo grande Machado de Assis, escritor desta terra, ausente há 100 anos:

"Ars longa, vita brevis, occasio praeceps, experimentum periculosum, iudicium difficile."

"A arte perdura. A vida é breve. A oportunidade é sutil. O experimento é perigoso. E o julgamento é difícil".




P.S.: O célebre aforismo "Ars longa, vita brevis", atribuído ao grego Hipócrates, pai da Medicina