METAPOESIA
Vê se te desentorta!
Pareces letra morta.
Não adormeça na falta de rima.
Acordo-te
pra algo que não imaginas...
Com teus enleios abro portas.
Vê que és matéria-prima!
Pra uma obra que não termina.
Sinto-te
imperfeita.
És, não cativa, ativa...
Conduze-me
a mundos desconhecidos,
Recônditos mais íntimos de amores perdidos,
De almas de donzelas sofredoras,
A amores sonhados.
Às vezes te confundes perdidamente com a
ciência,
Às vezes abraça-te
sutilmente a almas,
Mas, com a história te encantas, casa-te...
Atravessas com teu penetrante olhar
O mais duro dos corações...
Fizeste-te
assim... ninguém parece te entender...
Mas, sente como se em algum momento
Fizeste parte de sua vida.
Assim és – moça singela –
Letras quentes-frias
Que nos conduzem tão
longe, tão perto –
És doce-útil
Poesia.
Postado por Márcio J. de Lima em Março de 2014. Exalado ao Universo em 24/10/2008.
Disponível em http://devaneiosliterariosdolima.blogspot.com.br/2014/03/metapoesia.html