Olá, amigos. O texto que segue foi retirado da revista Planeta (Ed. Três, ano 38, edição 459, dez/2010) e fala exatamente sobre mudanças, o que há pouco tempo tem sido algo cruscial para mim.
A saída da Unimake, empresa que durante quatro anos e meio me ajudou tanto, foi, sem dúvidas, bastante complicada. Apesar do processo ter sido repentino e extremamente rápido, as 72h que decorreram durante este período foram de milhares de pensamentos e avaliações intensas em minha mente. Agora, porém, posso entender o que foi que aconteceu e por isso estou repassando este texto, de autoria de Luís Pellegrini. Confiram!
A Carapaça da Lagosta
A lagosta vive tranqüilamente no fundo do mar, protegida pela sua carapaça dura e resitente. Mas, dentro da carapaça, a lagosta conitnua a crescer. Ao final de um ano, sua casa fica pequena e ela tem de enfrentar um grande dilema: ou permanece dentro da carapaça e morre sufocada ou arrisca sair de lá, abandonando-a, até que seu organismo crie uma nova carapaça de proteção, de tamanho maior, que lhe servirá de couraça por mais um ano.
Vagando no mar, sem a carapaça, a lagosta fica vulnerável aos muitos predadores que se alimentam dela. Mesmo assim, ela sempre prefere sair. Dentro da carapaça, que se transformou em prisão, ela não tem nenhuma chance. Fora, sim.
Também nós, muitas vezes, ao longo da vida, ficamos prisioneiros de várias carapaças: os hábitos repetitivos, os condicionamentos alienantes, as situações às quais nos acomodamos. Uma grande quantidade de situações que, exauridas e desgastadas, nada mais têm para nos oferecer. E acabamos, por falta de coragem de mudar, nos acostumando ao tédio de uma vida monótona que, fatalmente, como a velha carapaça da lagosta, acabará por nos sufocar.
Façamos como a lagosta: troquemos a velha e apertada carapaça por uma carapaça mais nova. Mesmo sabendo que, por algum tempo, estaremos desprotegidos ao enfrentar uma nova situação. Largar o velho e abraçar o novo é, muitas vezes, a única possibilidade de sobreviver por mais um ano. Até que cresçamos ainda mais e, novamente, tenhamos de mudar de carapaça.
Assim, só tenho a agradecer à família Unimake, que me recebeu de braços abertos e me deu tantas oportunidades, inclusive a de "trocar de carapaça" quando me foi necessário.
Um grande beijo a todos e até a próxima! =]