quinta-feira, 30 de abril de 2009

Anjos da Noite

Nazgûl em floresta de Mordor

O pôr do Sol...
O ínício da Noite.
Chegada da Mãe-Lua...
Tempo dos Anjos da Noite levantarem e saírem em busca dos seus...

Saírem em busca do seu perdão, de perdoar...

Em busca de caça, em busca de calor...

Em busca de outro Anjo...

Que junto a ele deseje justiça

Que junto a ele, faça a justiça

E que junto a ele, se torne cada vez mais anjo


Um demônio, alguns diriam

Mas nada além de um pobre-diabo

Mais um sofredor, que conhece seus erros

E luta por repará-los
O frio da noite chega
As roupas já não são o suficiente

Esse frio é diferente, é mais forte
Mais frio que qualquer frio de qualquer lugar


O Anjo da Noite já não sente mais o frio

O frio que o arremata é um frio interior

O frio de sua alma

O frio de seu pensamento


Mas seu coração é quente

E isso permite que ele viva

Viva e volte sempre

Em busca da razão

Em busca da verdade

Em busca de uma solução

Pra acalmar seu coração e desmentir essa realidade


A realidade fria, forte, triste

De um mundo injusto e sem caráter

Mas o Anjo da Noite, esse sim luta por tudo isso

A cada conquista, a cada vitória

A esperança que aumenta, aqui e agora

Pra recomeçar e jamais desistir

Porque a vitória não tarda


Tão logo o dia volte

O Anjo da Noite adormece

Dormindo junto da dor
Essa que jamais se esquece


Depois, num novo anoitecer

Ele voltará a ser o que era

Buscando seu corpo, seu calor

Alimentado pela força que a Lua libera
Um Anjo da Noite habitante das planícies frias da Europa


Poema escrito já há alguns séculos. Se não me engano foi em 1007. Linguagem pobre, não se compara com qualquer criação mais recente. Seria como comparar Frankenstein e Dolly (não pense muito pra não quebrar o raciocínio...). Foi o primeiro de alguns tantos que escrevi com temas ligados ao goticismo, à noite, vampiros, etc.
Vampiro - representação em grafite.

Logo quero postar aqui meu primeiro conto, assim como minhas crônicas. Estou a reuni-las e, após organizadas, escreverei ainda mais. Porém não quero lançá-las assim, ao mundo, sem antes ter registro delas, afinal, são minhas criações de momentos em que a inspiração fluiu com maior facilidade.
Interessante como se dá o processo de criação. Um dia, por algum motivo, sentimo-nos com vontade de escrever e pronto. Uma caneta, um lápis, um caderno, rascunho, o verso do seu último holerich... Qualquer coisa serve. Basta marcar ali, na folha, os pensamentos que surgem como a água surge dos céus, leve, livre, sem explicação direta. Apenas a sensação de que se deve escrever, mais e mais, até concluir seu raciocínio.
É assim que escrevo, com paciência, até que todo o pensamento se esvai. Na fila do banco, na minha cama, na faculdade... Quando Galadryel e seus companheiros me chamam e a poesia está no ar, lá se vai mais uma página do bloquinho de notas. E no final é como a satisfação de uma noite bem dormida, de algumas horas de carinho intenso com seu amor, de uma tarde sentado num gramado, à beira de um lago, ouvindo uma música agradável.

Bem, é isso por hoje. Pra não alongar demais a conversa.
Ontem fui no MUDI da UEM, mto legal. Museu de antropologia é mto bom! ^^
Quero voltar.



Beijos e abraços. E comam queijo, vocês ingerem pouco cálcio - e isso não é uma suposição. É para todos!

Jimmy Cuervo, Jimmy Crow, O Corvo...